Como lidar com a diarreia
A diarreia é definida como o aumento do número de evacuações e/ou redução da consistência das fezes. A diarreia infecciosa ocorre de forma brusca, sendo sua duração autolimitada (máximo de 14 dias). O aleitamento materno é o principal fator de proteção para a ocorrência de diarreia entre os lactentes.
A criança pode adquirir um vírus ou uma bactéria através da água ou de algum alimento ingerido. Esses agentes etiológicos, ao colonizarem o trato gastrintestinal levam a um processo inflamatório das paredes com má-absorção de água e eletrólitos. Associado ao quadro pode haver dor abdominal, vômitos, febre, fezes com muco e sangue.
Não há nenhum tratamento específico para diarreia aguda e na grande maioria dos casos orienta-se:
Manter a criança hidratada – oferecer a alimentação que ela está acostumada, sem excessos e respeitando seu apetite. Oferecer água ou soro de reidratação oral em pequenas quantidades durante o dia e após as evacuações. O soro repõe a água e os eletrólitos perdidos nas evacuações.
Controlar os sintomas como febre, vômitos e dor abdominal (medicar conforme a orientação do pediatra).
Caso a criança esteja recusando o soro e/ou a água ou se a diarreia e vômitos forem muito intensos, pode ser necessária a hidratação intravenosa.
Hoje em dia com a melhora das condições higiênico sanitárias em geral e a vacinação contra o rotavírus houve uma redução importante da prevalência de diarréia aguda em nosso meio.
A diarréia crônica é caracterizada como aquela que se estende por período superior a 30 dias ou pela frequência de 3 ou mais episódios de curta duração em intervalo de tempo inferior a 2 meses. Nessa situação, pode-se observar comprometimento do ganho de peso da criança e várias causas devem ser investigadas para o adequado tratamento.