Quando e como iniciar a alimentação complementar
A partir dos 6 meses o bebê deve começar a ingerir outros alimentos, introduzidos na dieta de forma lenta e gradual, inicialmente sem rigidez. Deve-se lembrar que a recusa inicial não significa que ele não goste; geralmente só não está acostumado com a textura, o odor e o sabor. Por isso é importante ter paciência e muito carinho na hora de iniciar a chamada “alimentação complementar”. É muito importante oferecer uma alimentação complementar variada desde o início para que o bebê entre em contato com diferentes sabores e texturas, o que estimula hábitos alimentares saudáveis pelo resto da vida. De forma sucinta, é possível descrever “Dez Passos” que estimulam uma alimentação saudável para crianças menores de 2 anos, sendo o primeiro ano de vida o mais importante nesse processo. Esses passos são:
1. Dar somente leite materno até os 6 meses sem oferecer água, chás nem nenhum outro alimento.
2. A partir dos 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno, se possível, até 2 anos ou mais.
3. A partir dos 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas, verduras e legumes).
a. No 6º mês, introduzir uma fruta amassada na primeira semana (no meio da manhã), outra fruta na segunda semana (no meio da tarde) e a primeira papa (sem sal) na terceira semana.
b. No 7º mês, iniciar a segunda papa (sem sal).
4. Oferecer a refeição, no início, sem rigidez de horário, respeitando o limite da criança.
5. A alimentação complementar deve ser espessa (amassada) desde o início e oferecida com colher. Começar com consistência pastosa (purê) e, gradativamente, aumentar até chegar à consistência da alimentação da família.
a. Do 6º ao 9º mês, oferecer alimentos bem cozidos, amassados com garfo, para que se atinja a consistência pastosa.
b. A partir do 9º mês, os alimentos ainda devem estar cozidos, mas já podem ser menos amassados e até cortados em pedaços pequenos.
c. Com 1 ano, a criança já pode receber alimentos de consistência igual à da alimentação da família.
6. Oferecer à criança diferentes alimentos todo dia; uma alimentação variada é uma alimentação colorida. Há crianças que aceitam mais ou menos facilmente alguns alimentos, então continue a oferecê-los mesmo se houver recusa inicial.
a. Os alimentos devem ser testados aos poucos, sendo necessário experimentar de 8 a 10 vezes o mesmo prato para que se possa avaliar sua aceitação.
7. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. Os hábitos alimentares saudáveis são formados desde muito cedo.
8. Evitar açúcar, sal, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Sal com moderação.
a. O açúcar e o sal só devem ser introduzidos após 1 ano de idade.
b. Para temperar os alimentos, usar cebola, alho, óleo (soja ou canola), salsinha, cebolinha. Nunca usar temperos prontos.
9. Deve-se cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos e garantir seu armazenamento e sua conservação adequados.
10. Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo a alimentação habitual e seus alimentos preferidos e respeitando sua aceitação.
Não esquecer de oferecer água quando a alimentação complementar se iniciar.